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PATRIMÓNIO CULTURAL

CRATO

Doada pelo rei D. Sancho I, em 1232, à Ordem dos Hospitalários, a vila do Crato tornou-se sede da mesma por volta de 1340, dando assim origem ao Priorado do Crato, com as suas 23 comendas.

Em 1364, a sede foi transferida para Flor da Rosa (a 2 km), onde se erigiu o mosteiro com o mesmo nome. Trata-se do mais importante exemplo de um mosteiro fortificado na Península Ibérica.

A sede da Ordem retornou em 1439 ao Crato, vila onde mais tarde seria erguido o Palácio do Grão-Prior do Crato, atribuído ao arquitecto Miguel de Arruda.

A VER

Varanda do Palácio do Grão-Prior do Crato

Igreja Matriz do Crato

Mosteiro de Flor da Rosa

MEGÁLITOS

O mais importante conjunto de megálitos da Península Ibérica encontra-se no Alentejo, com maior incidência nas regiões de Portalegre e Évora.

Anta do Tapadão (Crato), segundo maior dólmen em Portugal. Classificado como Monumento Nacional em 1910

Anta do Couto dos Andreiros, no Crato

Com 7m de altura, o Menir da Meada (Castelo de Vide) é o maior da Península Ibérica

ALTER DO CHÃO  – 14km (14 min)

Esta vila de origem romana, então chamada Abelterium, situa-se numa das vias que ligavam a capital da Lusitânia, Emerita Augusta (Mérida), a Olisipo (Lisboa).

A VER

A Casa da Medusa

Antiga villa romana, onde foi recentemente posto a descoberto um excecional mosaico representando uma cena da Eneida de Virgílio.

Ponte Romana de Vilar Formoso

Trata-se da mais monumental e bem preservada ponte romana de Portugal.

Situada em plena vila, esta fortificação destinava-se a defender o território mais imediato, não sendo um castelo de conflito de fronteira. De proporções harmoniosas e dimensões reduzidas, foi utilizado como residência pelos reis da Dinastia de Bragança quando eles se alojavam em Alter do Chão.

Castelo de Alter do Chão

Reino do cavalo Puro-Sangue Lusitano, a actual Coudelaria Nacional de Alter foi fundada em 1748, em propriedade pertencente ao Ducado de Bragança e sob o impulso de D. João V e da sua mulher, a rainha Mariana de Habsburgo, com o objectivo de preparar os cavalos para a Picaria Real.

Na Coudelaria de Alter do Chão criam-se os famosos cavalos Alter-Real, estirpe do cavalo Lusitano, da Escola Portuguesa de Arte Equestre de Lisboa. Estes ginetes de pelagem castanha ou baia são adestrados segundo os princípios e na tradição dos grandes mestres de equitação do século XVIII: trabalho aos pilões, trabalho com rédeas longas, ares baixos e ares altos.

Coudelaria Real de Alter do Chão

PORTALEGRE  – 23km (20 min)

Situado num dos flancos da Serra de São Mamede, o relevo montanhoso que marca a fronteira com Espanha, Portalegre foi um bastião importante na defesa do território português durante a Idade Média.

Cidade de grande riqueza arquitectónica, onde domina o estilo barroco, é também conhecida como “a cidade dos sete conventos”.

A VER

Convento de São Bernardo

Construído no século XVI, foi o mosteiro cisterciense mais importante a sul do Tejo. O túmulo do seu fundador, D. Jorge de Melo, atribuído a Nicolau de Chanterene, é considerado o mais sumptuoso no género em Portugal.

Conjunto admirável de azulejos do século XVIII

Túmulo de D. Jorge de Melo

Convento de São Francisco

Mais antigo convento da cidade, a sua fundação data de 1276. O edifício beneficiou de um belíssimo trabalho de restauro e adaptação pelo arquitecto Cândido Chuva Gomes. O altar da Capela de Gaspar Fragoso é uma obra de arte do trabalho em estuque, imitando na perfeição as obras mais dispendiosas em pedra ou mármore.

Vista exterior do Convento

Altar da Capela

Museu da Tapeçaria

As tapeçarias de Portalegre são obras únicas, realizadas segundo uma técnica de tecelagem manual que permite reproduzir com detalhe as diferentes gradações e tonalidades de uma pintura ou de um desenho.

Estas tapeçarias são muito apreciadas por vários artistas contemporâneos, como forma de reprodução das suas obras de arte.

Sé Catedral de Portalegre

Construída no século XVI em estilo maneirista.

Museu Municipal

O Museu Municipal está instalado num edifício do século XVI, dois séculos mais tarde transformado por iniciativa do Bispo de Portalegre D. João de Azevedo. Possui peças de arte sacra, provenientes dos conventos de São Bernardo e de Santa Clara.

Magnífica colecção de pratos em faiança, ditos “ratinhos”.

Janelas manuelinas do Palácio de D. Nuno de Sousa

Portalegre foi uma cidade muito próspera durante os séculos XVI e XVII, graças ao desenvolvimento da sua indústria têxtil. Esta circunstância vai atrair muitos nobres para a região e contribuir para o aparecimento de uma burguesia urbana, levando à construção de numerosos edifícios que vieram modificar por completo a estrutura da cidade medieval.

A casa que ficou conhecida como Palácio de D. Nuno de Sousa corresponde a esta vaga de edificações, revelando um repertório erudito comparável ao do Convento de São Bernardo, da mesma época.

Castelo

Mandado construir, em 1290, pelo rei D. Dinis, o castelo de Portalegre traduz bem a relevância estratégica da cidade na defesa das fronteiras do Alto Alentejo.

O castelo beneficiou de um importante projecto de requalificação pelo arquitecto Cândido Chuva Gomes.

Breve paragem no Café Alentejano – Obra modernista pura, conservada nos seus traços originais, da autoria do pintor decorativo Benvindo Ceia.

Construção do século XVIII, considerada a igreja mais barroca de Portugal. A decoração interior consta de talha dourada, azulejo e pintura em tela.

Igreja do Bom Fim

CASTELO DE VIDE  – 32km (30 min))

Construída sobre uma colina, esta vila fortificada medieval é dominada a noroeste pelo castelo do século XII. Uma cintura abaluartada dos séculos XVII e XVIII envolve o bairro medieval, labirinto de ruelas estreitas que abriga o mais importante conjunto medieval de portas ogivais do País.

Castelo de Vide detém, ainda, o bairro judaico mais bem preservado de Portugal.

A presença hebraica revela-se nos nomes de ruas e nos símbolos cultuais deixados por diferentes gerações de judeus sobre as portas em granito. A Rua das Espinosas, por exemplo, traz à mente o célebre filósofo do século XVII, Espinosa (ou Spinoza), descendente de habitantes de Castelo de Vide.

As águas termais de Castelo de Vide, conhecidas desde o tempo dos Romanos, jorram das inúmeras fontes que pontuam a vila.

A VER

A Igreja de Santa Maria da Devesa está situada na Praça D. Pedro V

A mais antiga fonte termal é a chamada Fonte da Vila, que data do século XVI

A Sinagoga, preservada até hoje, é actualmente um museu

AMIEIRA DO TEJO – 38km (32 min)

Castelo da Amieira do Tejo

Mandado construir pela Ordem dos Hospitalários em 1362, o castelo integra a linha de defesa da fronteira, a sul do Tejo.

É considerado o modelo do castelo de estilo gótico português.

Capela do Calvário

Nesta capela pode ser visto o único exemplar em Portugal de um altar barroco integralmente esculpido em granito.

A Capela de São João Baptista, no castelo, possui um esplêndido tecto decorado em esgrafito.

MARVÃO – 43km (45 min)

Esta vila medieval, situada no cume de uma crista rochosa com mais de 860 metros de altitude e protegida por uma muralha, é uma das jóias do património nacional.

A escarpa sobre a qual a vila se situa constitui um ponto de defesa natural, com acesso apenas pelo lado este. Pensa-se que tenha sido ocupada pelos Romanos, ou seja, ainda antes de, no final do século XII, ter servido de refúgio estratégico ao chefe muçulmano Ibn Maruán, fundador da vila de Badajoz e de quem Marvão receberá o nome. A vila viria a ser conquistada, em 1166, por Afonso Henriques e doada, em 1271, por Afonso III à Ordem dos Hospitalários.

 

A localização quase inacessível desta vila fez da sua fortificação “a mais segura de todo o Reino”. Ao longo da história, desde a conquista por D. Afonso Henriques até às Guerras da Restauração entre Portugal e Espanha no século XVII, ela foi-se adaptando às novas técnicas de guerra, até finalmente se tornar naquilo que hoje é: um lugar de paz e de beleza.

O visitante não pode deixar de percorrer Marvão pelo corredor da muralha que termina  na torre de menagem, de onde, segundo reza o dito popular, “se podem ver as aves de mais altos voos pelas costas”.

Vista aérea de Marvão

Jardim exterior do Castelo de Marvão

Interior do Castelo de Marvã

BELVER  – 53km (45 min)

Em 1194, a região onde se veio a situar o Castelo de Belver foi doada pelo rei Sancho I aos Hospitalários, na condição de que os seus cavaleiros aí construíssem uma fortificação com esse nome.

Castelo de Belver

Primeira fortificação erigida pelos Hospitalários em território português, entre final do século XII e início do seguinte, é também a obra mais importante desta Ordem no País.

O castelo faz parte da linha de defesa do Tejo contra os avanços dos muçulmanos.

ELVAS – 80km (1h)

CLASSIFICADA COMO PATRIMÓNIO MUNDIAL DESDE 2012

Implantada numa paisagem fluvial e ondulada e protegendo a fronteira principal entre a capital portuguesa e a capital espanhola, a cidade-quartel de Elvas foi fortificada entre os séculos XVII e XIX, tendo-se tornado no maior sistema de fortificações abaluartadas do mundo.

A cidade foi abastecida de água pelo Aqueduto da Amoreira. Estendendo-se por cerca de 7km, o aqueduto foi construído no final do século XVI, tendo sido crucial no início da centúria seguinte para que a fortificação resistisse a um longo cerco.

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Entre muros, a cidade possui um grande número de casernas e outros edifícios com função militar, para além de igrejas e de mosteiros. O centro histórico, com o seu castelo, as suas linhas de muralhas e os seus edifícios religiosos, mostra que Elvas se desenvolveu, entre os séculos X e XIV, no interior de três cinturas fortificadas sucessivas. A cidade foi integrada nos grandes trabalhos de fortificação que marcaram o período das Guerras da Restauração (1641-1668), quando uma grande diversidade de construções militares foram erigidas de forma a que a cidade cumprisse o seu papel de guarnição.

 

A cerca urbana, os fortes exteriores de Santa Luzia e da Graça, e os fortins de São Mamede, São Pedro e São Domingos ilustram a evolução do antigo método de fortificação holandês para um excepcional sistema defensivo de baluartes.

Concebidas pelo jesuíta e engenheiro holandês Cosmander, estas construções representam o mais bem preservado exemplo da escola holandesa de fortificações no mundo.

No século XVIII, o Forte da Graça (ou Forte Conde de Lippe), juntamente com quatro outros fortins a oeste, foi construído para responder ao desenvolvimento de um tipo de artilharia de mais longo alcance.

A VER

Igreja das Domínicas

Edificada no século XVI no local onde antes se situava a igreja medieval de Santa Madalena, fundada pela Ordem dos Templários. O plano da igreja atual terá possivelmente sido inspirado no da anterior. Apresenta um magnífico programa decorativo de azulejos, estuques e frescos.

Igreja de Nossa Senhora da Assunção (antiga Sé)

Projectada no século XVI pelo arquitecto Francisco de Arruda, a igreja distingue-se pelo aspecto maciço da sua fachada em forma de torre, que lhe empresta um ar de fortaleza, símbolo do carácter militar e defensivo da fé.

Museu de Arte Contemporânea

O museu está instalado num edifício do século XVIII, antigo hospital. Abriga a colecção de António Cachola, uma das suas peças-chave sendo o lustre de tampões da autoria de Joana Vasconcelos, intitulado A Noiva.

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